terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Escrevendo Um Projeto de Pesquisa - Elementos Essenciais IV

SUMÁRIO - PARTE PRÉ-TEXTUAL


¢ Definição de sumário segundo a ABNT:

 “Enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede”. (NBR 6027, 2003 p. 2)

O sumário deve ser localizado:

a) como último elemento pré-textual;

b) quando houver mais de um volume, deve ser incluído o sumário de toda a obra em todos os volumes, de forma que se tenha conhecimento do conteúdo, independente do volume consultado.


MODELO 1

MODELO 2


    Sobre a formatação, experimentei várias formas, a que eu achei mais simples foi essa: Formatar Sumário no Word

   Para consultar os pormenores da normatização de sumários, consultar ABNT NBR 6027: 2003 e ABNT NBR 6024:2003.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Elementos Pré-Textuais, Textuais e Pós-Textuais





A estrutura dos trabalhos acadêmicos é composta por elementos pré-textuais, texto e elementos pós-textuais.

Esta divisão existe em qualquer tipo de trabalho acadêmico.  os elementos opcionais e obrigatórios variam de acordo com a natureza do trabalho.

No caso de um TCC, Dissertação ou Tese a quantidade de elementos obrigatórios é mais extensa. No caso de projeto de TCC, projeto de pesquisa ou de dissertação, a quantidade de elementos obrigatórios é menor e pode variar de acordo com a Instituição e com o curso a que este trabalho se vincula.






Na imagem abaixo são especificados quais elementos são opcionais ou obrigatórios, de acordo com a natureza do trabalho. 

Sobre a lombada se faz necessário observar que nem todas as Instituições exigem lombada para TCCs e monografias. 



terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Escrevendo Um Projeto de Pesquisa - Elementos Essenciais III


Folha de Rosto - Parte Pré-Textual


¢ Segundo a ABNT NBR 14724:2011,  a folha de rosto deve conter (necessariamente nesta ordem):
a) nome do autor;
b) título;
c) subtítulo, se houver;
e) natureza: tipo do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso e outros) e objetivo (aprovação em disciplina, grau pretendido e outros); nome da instituição a que é submetido; área de concentração; 
f) nome do orientador e, se houver, do coorientador;
g) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado;
h) ano de depósito (da entrega).

Modelo 1


Modelo 2


Resumindo, mesmo que tenha algumas variações na apresentação gráfica da folha de rosto, há informações essenciais que devem necessariamente constar nesta. A folha de rosto é a primeira a ser contada na paginação, entretanto a numeração deve aparecer apenas a partir da primeira página da parte textual.
   

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Escrevendo Um Projeto de Pesquisa - Elementos Essenciais II

CAPA


Não há muito mistério no que diz respeito ao fazer da capa. Na capa colocamos elementos essenciais à identificação do trabalho. 
Não há normatização específica na ABNT sobre a aparência da capa e assim sendo, há a necessidade de bom senso em sua elaboração.

No que diz respeito à capa, menos é mais!

Em alguns casos, existe uma capa padrão da Universidade. Geralmente esta inclui o logo da Instituição de ensino. Abaixo Alguns Exemplos de capa:


MODELO 1



Este modelo é o mais simples. Como pode ser facilmente percebido, há apenas as informações essenciais e indispensáveis à identificação do trabalho.É uma aposta segura.

MODELO 2


Este modelo é bem semelhante ao anterior, porém utiliza o logo da Universidade. É um modelo agradável visualmente, também uma aposta segura, a menos que sua Universidade exija algo diferente.

MODELO 3




Este modelo eu mesma fiz. Foi a capa do projeto de mestrado de uma cliente. É um pouco mais elaborado, porém sem exageros, mantendo a sobriedade que o trabalho exige, ao mesmo tempo em que tem uma aparência amigável. Utilizei neste caso o logo da UFRJ (Universidade) e também do Instituto (ou seja, unidade acadêmica) a que o programa se vincula. Utilizo este modelo para mostrar que é possível ousar sem cair em exageros.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Escrevendo Um Projeto de Pesquisa - Elementos Essenciais



O projeto de pesquisa não pode ser reduzido à mera formalidade, pois ele é parte fundamental do processo maior que envolve a escrita do trabalho propriamente dito. O projeto precisa já ter a identidade de sua proposta de pesquisa, precisa dizer claramente o que você pretende fazer. A formatação do projeto necessita de alguns elementos básicos, que servirão para nortear e delimitar sua escrita. São Eles:

¢ CAPA

¢ FOLHA DE ROSTO

¢ SUMÁRIO

¢ OBJETIVOS (Geral e Específicos)

¢ JUSTIFICATIVA

¢ FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

¢ PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

¢ CRONOGRAMA (Opcional em Alguns Casos Específicos)

¢ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cada um destes elementos obrigatórios será descrito nas futuras postagens sobre o tema. Esta é apenas a primeira postagem.



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Preços Promocionais Para o Mês de Dezembro (2015)

Contato:


Tel: (22) 9 9921-1953
Email: nicollepinho@outlook.com




O Trabalho do Revisor Ou Aquilo Que Não se Ensina



Existem tipos diferentes de revisão, citarei algumas com minha própria definição:



¢ Revisão de Formatação: quando o revisor verifica se as normas (ABNT ou outra) estão corretamente aplicadas.

¢ Revisão Ortográfica: quando o revisor verifica se foram observadas as normas ortográficas vigentes.

¢ Revisão Gramatical: quando o revisor verifica se, além das normas ortográficas, também foram observadas as demais normas da língua. Neste caso, é observado se a pontuação, os parágrafos, os períodos, enfim, se o texto está corretamente escrito.

¢ Revisão Textual: denomino desta forma por estar me referindo ao texto como um todo. Neste caso, o revisor verifica se no texto há coesão e coerência textual. Vocês certamente já leram (ou escreveram) textos perfeitamente corretos gramaticalmente, porém, como dizem, "sem pé nem cabeça". 

¢ Revisão de Estilo: neste caso o revisor provê adequação da escrita ao padrão exigido pelo trabalho em questão. Por exemplo, quando o revisor adapta um texto ao estilo acadêmico.

¢ Revisão Semântica: por vezes o texto está formalmente bem escrito, porém, semanticamente mal escrito. Por vezes há ambiguidade no sentido das frases, contradições ou simplesmente, há falhas argumentativas no texto, ao menos na forma como as ideias estão expostas. Esta é talvez uma das formas de revisão difíceis de fazer.

As três primeiras formas de revisão são as mais comuns e também as mais básicas. Exigem um nível bem básico de treinamento e formação.

A revisão textual, por sua vez, exige um nível mais especializado de treinamento, afinal, alcançar um ponto ideal de linearidade, clareza e encadeamento das ideias em um texto é algo bem mais complexo do que simplesmente corrigir gramaticalmente.

A revisão de estilo, por sua vez, não é um trabalho tão complexo, afinal, existe um conjunto de normas a serem seguidas. Ainda assim, é um trabalho artesanal, no qual se precisa ser muito meticuloso para escolher os termos certos, para utilizar os termos de maneira adequada ao que se propõe. E claro, o que é adequado, devo lembrar, é contextual. Os estilos variam de acordo com a época, área de estudo, finalidade e local onde onde o texto será apresentado.

A revisão semântica é a mais difícil e cuidadosa e também artesanal. Com a facilidade das novas tecnologias e ampliação da máquina midiática, a produção de textos foi relegada à posição coadjuvante. 

Com tantas informações à disposição e com tantas pessoas provendo conteúdo (muitas vezes, o mesmo conteúdo sendo plagiado ao infinito), há cada vez menor preocupação com o exercício de escrever argumentativamente. Não há preocupação com a base argumentativa dos textos, com o encadeamento de ideias, com a mensagem a ser transmitida.

Ao escrever, transpomos pensamentos à linguagem escrita e neste sentido, toda escrita é uma tradução e não há linguagem mais complexa do que a dos nossos próprios pensamentos. Como traduzir a outro aquilo que você pensa? A maioria das pessoas não sabe como fazer isso, afinal, não é algo que possa ser ensinado.

Você pode aprender todas as técnicas de escrita, normas da língua e normatizações oficiais e ainda assim, não se pode garantir que seu texto será bem escrito.

Saber as normas da língua não é o mesmo que saber escrever. O bom escritor é, por princípio, um excelente leitor, um bom pensador e um razoável tradutor.




Sobre o que Devo Escrever?


Ao longo da trajetória acadêmica prévia de cada aluno ou aluna, muitos temas são abordados e de fato, não se espera que se dominem plenamente todos eles. No que diz respeito à decisão do tema, as respostas à algumas perguntas podem facilitar esta decisão:

¢Qual tema, ou área de estudo me interessou mais ao longo da minha trajetória acadêmica?

Todos nós temos assuntos de maior interesse, é algo natural. Em qual área você se destaca? Sobre qual tema você consegue passar horas lendo, debatendo ou pesquisando? Um trabalho certamente terá melhores chances de ser bem escrito se estiver relacionado a algo que você genuinamente gosta. Acredite: ao final do trabalho você estará inevitavelmente cansada de seu tema. Agora imagine se for sobre algo que você não gosta tanto assim? Pois então.

¢Este tema está relacionado à minha área de atuação profissional/estágio? O quão intimamente?

No caso da monografia, é sempre conveniente escrever sobre algo relacionado ao seu estágio, pesquisa de iniciação, monitoria, extensão, etc. No caso de mestrado e doutorado, de acordo com sua área de atuação profissional. Isto porque escrever bem e dentro dos prazos estabelecidos se torna difícil quando consideramos a vida real do autor do trabalho.
 No caso da graduação, enquanto a monografia está sendo escrita, as provas e trabalhos de fim de semestre continuam a existir, assim como a vida familiar e íntima, o estágio, os relatórios, os horários, etc. 
Não muito diferente ocorre na Pós-graduação. A vida não para para você escrever seu trabalho, mesmo que você tente.
Então, se você pode fazer com o que a monografia, dissertação ou tese esteja em confluência com o restante de sua vida, por que você faria ao contrário? Para quê nadar contra a corrente?

¢Existe bibliografia acessível neste tema? Onde? Em que idiomas?

Escrever sobre temas inéditos é tentador, eu sei. Been there, done that!
Não serei a pessoa que te dirá "não faça isso". Eu peço apenas que você considere por algum tempo a viabilidade do seu trabalho. 
Digamos que o seu tema tem bibliografia disponível apenas em japonês e você não sabe japonês. Consegue imaginar como funcionaria este trabalho? Isso mesmo, não funcionaria. O pesquisador precisa dialogar com seu campo de estudo.

¢Eu me vejo estudando o tema e desenvolvendo esta pesquisa por todo o período previsto para a escrita do trabalho?

Todo pesquisador iniciante deseja revolucionar seu campo de estudo, ganhar prêmio Nobel, publicar a pesquisa, escrever livro, enfim, ser reconhecido em sua área como alguém criativo, competente, genial.
A parte da história dos grandes gênios que costumam "esquecer" de contar é a quantidade de trabalho árduo e muitas vezes monótono e "sem graça" sem o qual uma pesquisa não acontece. Entre a pesquisa e o trabalho acabado existe uma longa história de trabalho burocrático, repetitivo, exaustivo e frustrante. 
Ninguém retrata Eistein resenhando uma pilha de artigos científicos, recebendo não de seu chefe de departamento à solicitação de material para a pesquisa, fazendo revisão ortográfica pela enésima vez, se reunindo com orientador, repetindo experimento mal sucedido... Mas é assim que a realidade funciona.
Uma monografia geralmente leva um ano para ser escrita, uma dissertação leva dois anos e uma tese leva 4 anos. Seu tema tem fôlego para todo o tempo previsto?

Um aviso: tudo escrito acima é uma simples questão de bom senso. Ainda assim, a maioria das pessoas faz justamente o oposto. No fim das contas, só você poderá decidir o que se aplica e o que não se aplica à sua vivência.